quarta-feira, 20 de agosto de 2008

ARTE

Desenho: Jander - Aluno do núcleo: Francisco Nunes

PROJETO PEDAGÓGICO - PROJOVEM

Fragmento do PPP
2.2 - Protagonismo e participação social: potencialidades
No cenário atual, a sociedade costuma ver a juventude como sinônimo de problema e como motivo de preocupação quanto ao futuro do País. São duas as imagens da juventude que predominam hoje nos meios de comunicação e na opinião pública. De um lado, nas propagandas e nas novelas, estão os jovens bonitos, saudáveis, alegres e despreocupados que oferecem modelos de vida e de consumo aos quais poucos jovens reais têm acesso. De outro, nos noticiários, estão os jovens envolvidos com problemas de violência ou comportamentos de risco, que são, na maior parte das vezes, negros e oriundos dos setores populares. Essas duas imagens polaresconvergem para um tipo de senso comum que considera a juventude individualista, consumista e politicamente desinteressada. Mas esses estereótipos não dão conta da diversidade de experiências da juventude brasileira, assim expressa:

· por um lado, é verdade que poucos ainda participam de ações sociais:
(a) segundo pesquisas da UNICEF, 65% dos adolescentes (12 a 17
anos) nunca participaram de atividades associativas e/ou comunitárias;
(b) de acordo com survey nacional recente, realizado pelo Projeto
Juventude do Instituto Cidadania, entre jovens de 14 a 24 anos de todo
Brasil4, apenas uma minoria atua formalmente de movimentos
estudantis, sindicatos, associações profissionais e partidos;

· por outro lado, demonstram um desejo de agir socialmente: parte
significativa dos entrevistados pelo Projeto Juventude (mais de 60%,
entre os mais pobres) disse que gostaria de ter oportunidade de
participar de ações desenvolvidas em contextos sociais, comunitários e
cidadãos. Essa predisposição não resulta do acaso, mas tem como
referência as diferentes maneiras pelas quais grupos jovens vêm
expressando demandas, necessidades e visões de mundo para agir no
espaço público.
Entre as novas formas de participação juvenil podemos destacar: a) pertencimento a grupos (pastorais, redes, ong’s e outras organizações juvenis) que atuam para transformar o espaço local, nos bairros, nas favelas e periferias; b) participação em grupos que trabalham nos espaços de cultura e lazer: grafiteiros, conjuntos musicais, de dança e de teatro de diferentes estilos, associações esportivas; c) mobilizações em torno de uma causa e/ou campanha:grupos ecológicos, comitês da Campanha contra a Fome, ações contra a violência e pela paz, grupos contra a globalização etc; d) grupos reunidos em torno de identidades específicas: mulheres, negros, homossexuais, pessoas com necessidades especiais etc.
Assim, mesmo sem desconhecer os obstáculos de diversas ordens que devem ser ultrapassados para motivar o engajamento social dos jovens, qualquer social a eles dirigido deve reconhecer e apoiar as múltiplas formas de atividade e criatividade dessa faixa etária, e contribuir para ampliá-las.

A juventude é a fase da vida mais marcada por ambivalências, pela convivência contraditória dos elementos de emancipação e de subordinação, sempre em choque e negociação. Mas essa também é a fase de maior energia, generosidade e potencial para o engajamento. Portanto, um programa dirigido aos jovens deve tomar como seus tanto os desafios que estão sendo colocados para essa geração, quanto sua forma inovadora de encontrar respostas aos problemas sociais, chamando-os permanentemente para o diálogo e para a participação cidadã.

4 Para maiores informações ver www.projetojuventude.org.br

terça-feira, 12 de agosto de 2008

PROJOVEM - CEFET 02/08/2008

TURMA DO CORDEL


FANZINE


OFICINA DE TEATRO

Ana Karine aluna do núcleo: Francisco Nunes (direita)

Silvânia do núcleo: Maria Bezerra Quevedo (esquerda)








OFICINA DE GRAFITE


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Projovem - Soltando o Verbo - CEFET 02/08/2008

Soltar as palavras. Libertá-las da sintaxe enrolada. Soltar as palavras no texto. Soltar as palavras dos falsos pretextos. Soltar as palavras aqui e agora. Soltá-las com força. Soltá-las com raiva. Soltá-las em lirismo. Soltá-las em drama. Soltá-las do dicionário-presídio. Soltá-las da gramática-exílio.

Soltar as idéias dia a dia. Soltá-las em ordem, em desordem. Soltá-las na conversa, à mesa, na fila do banco, no banco de praça, na pressa e na calma. Soltá-las, servi-las. Entregá-las aos outros. Trocá-las por outras. Acrescentá-las a muitas outras idéias. Idéias soltas nos prendem à tarefa que nos cabe cumprir.

Soltar os braços. Para trabalhar. Para nadar. Para lutar. Para criar. Soltá-los hoje. Soltá-los amanhã. Soltá-los do corpo. Deixar que se estendam. Que envolvam o mundo. Que dêem mil voltas ao planeta. Que alcancem as estrelas. Que acolham o divino. Que abracem, abracem.

Soltar a voz. Cantando. Gritando. Chorando. Ensinando. Avisando. Por tudo e por nada. Em guerra, em paz. Por um motivo justo ou porque tanto faz. Estando com outros. Falando sozinho.

Soltar as velas. Na hora de partir. Na hora do mar. As ondas. Os peixes. A terra não vista. A vista perdida. Soltar as velas de novo. De novo soltá-las. As velhas velas de novo.

Soltar-me a mim mesmo. Ainda é bem cedo. Soltar-me de mim. Do inquisidor que eu sou. Do sinhozinho que eu sou. Do ditador que eu sou.

Soltar o leitor. Soltá-lo de mim. Que ele seja o autor de sua própria leitura.

Aprender a soltar-se.

Gabriel Perissé é doutor em educação pela USP e escritor.

Website:
http://www.perisse.com.br/

Aguarde mais, sobre o evento...

quinta-feira, 31 de julho de 2008

OFICINAS - Núcleo: Raimundo Soares

NÚCLEO: MARIA BEZERRA QUEVEDO






A equipe de professores do núcleo Maria Bezerra Quevedo, juntamente com a Assistente Social Keila criaram uma empresa fictícia, onde simularam as etapas de ingresso no mundo do trabalho.

Os alunos puderam observar e até simular, como se apresentar e se comunicar em uma entrevista de emprego e como se portar nas etapas de treinamento.

domingo, 27 de julho de 2008

Opinião do JOVEM

A VERDADEIRA FACE DA TV
Na infância você chora, te colocam em frente a tv, trocando suas raízes por um modo artificial de se viver, ninguém questiona mais nada, os homens do poder agora contam sua piada, onde só eles acham graça, abandonando o povo na desgraça, vidrados na TV perdendo tempo em vão.O interesse dos grandes é imposto de forma sutil, fazendo pensamento do povo se resumir a algo imbecil, fofocas ofensas, pornografias, utilizadas ao longo da programação, ditadura da televisão. A televisão ditando as regras contaminando a nação.Que uma manhã de sol ao ver a luz você percebe que seu papel é existir, não é, mas o sistema é quem constrói as arapucas, e você está prestes a cair, da infância à velhice num modo artificial de se viver, na alienação ainda vivemos. Aquela velha alienação!
(Anderson – Aluno do Núcleo Maria Carvalho Martins - Turma C)

terça-feira, 15 de julho de 2008

Ministro Fernando Haddad fala sobre a educação no país


O ministro explica o que deseja mudar no chamado "Sistema S" de ensino.


quarta-feira, 9 de julho de 2008

São João




Origem da Festa Junina

Existem duas explicações para o termo festa junina. A primeira explica que surgiu em função das festividades ocorrem durante o mês de junho. Outra versão diz que está festa tem origem em países católicos da Europa e, portanto, seriam em homenagem a São João. No princípio, a festa era chamada de Joanina.De acordo com historiadores, esta festividade foi trazida para o Brasil pelos portugueses, ainda durante o período colonial (época em que o Brasil foi colonizado e governado por Portugal). Nesta época, havia uma grande influência de elementos culturais portugueses, chineses, espanhóis e franceses. Da França veio a dança marcada, característica típica das danças nobres e que, no Brasil, influenciou muito as típicas quadrilhas. Já a tradição de soltar fogos de artifício veio da China, região de onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos. Da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e na Espanha. Todos estes elementos culturais foram, com o passar do tempo, misturando-se aos aspectos culturais dos brasileiros (indígenas, afro-brasileiros e imigrantes europeus) nas diversas regiões do país, tomando características particulares em cada uma delas.
Festas Juninas no Nordeste Embora sejam comemoradas nos quatro cantos do Brasil, na região Nordeste as festas ganham uma grande expressão. O mês de junho é o momento de se fazer homenagens aos três santos católicos: São João, São Pedro e Santo Antônio. Como é uma região onde a seca é um problema grave, os nordestinos aproveitam as festividades para agradecer as chuvas raras na região, que servem para manter a agricultura. Além de alegrar o povo da região, as festas representam um importante momento econômico, pois muitos turistas visitam cidades nordestinas para acompanhar os festejos. Hotéis, comércios e clubes aumentam os lucros e geram empregos nestas cidades. Embora a maioria dos visitantes seja de brasileiros, é cada vez mais comum encontrarmos turistas europeus, asiáticos e norte-americanos que chegam ao Brasil para acompanhar de perto estas festas. Comidas típicas Como o mês de junho é a época da colheita do milho, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, cural, milho cozido, canjica, cuzcuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. Além das receitas com milho, também fazem parte do cardápio desta época: arroz doce, bolo de amendoim, bolo de pinhão, bombocado, broa de fubá, cocada, pé-de-moleque, quentão, vinho quente, batata doce e muito mais.
Tradições As tradições fazem parte das comemorações. O mês de junho é marcado pelas fogueiras, que servem como centro para a famosa dança de quadrilhas. Os balões também compõem este cenário, embora cada vez mais raros em função das leis que proíbem esta prática, em função dos riscos de incêndio que representam. No Nordeste, ainda é muito comum a formação dos grupos festeiros. Estes grupos ficam andando e cantando pelas ruas das cidades. Vão passando pelas casas, onde os moradores deixam nas janelas e portas uma grande quantidade de comidas e bebidas para serem degustadas pelos festeiros.
Já na região Sudeste são tradicionais a realização de quermesses. Estas festas populares são realizadas por igrejas, colégios, sindicatos e empresas. Possuem barraquinhas com comidas típicas e jogos para animar os visitantes. A dança da quadrilha, geralmente ocorre durante toda a quermesse.
Como Santo Antônio é considerado o santo casamenteiro, são comuns as simpatias para mulheres solteiras que querem se casar. No dia 13 de junho, as igrejas católicas distribuem o “pãozinho de Santo Antônio”. Diz a tradição que o pão bento deve ser colocado junto aos outros mantimentos da casa, para que nunca ocorra a falta. As mulheres que querem se casar, diz a tradição, devem comer deste pão. Fonte: www.suapesquisa.com
Festa realizada no núcleo Francisco Nunes pela Qualificação Profissional, Ação Comunitária, Professores da Educação Básica, Gestão da Escola e total participação dos alunos na programação (Quadrilha, Bingo Junino, Comidas Típicas).

quarta-feira, 25 de junho de 2008

LANÇAMENTO DO PLANO DE AÇÃO COMUNITÁRIA (PLA) DO MONDUBIM


Os núcleos Adalberto Studart, Francisco Nunes, João Hildo, Maria de Carvalho Martins, Maria Bezerra Quevedo e Raimundo Soares da Estação Mondubim lançaram no sábado dia 07 de junho, no pólo de lazer do Conjunto Esperança, o Plano de Ação Comunitária - PLA. Coordenado pelas Assistentes Sociais Flúvia e Keila o lançamento do PLA teve como tema central violência.


Jovens e educadores da Estação Mondubim contribuíram com ações de esclarecimentos sobre o assunto e ainda ofereceram alguns serviços de utilidade pública, como: distribuição e orientação no uso de preservativos, panfletagem sobre Dengue, DST/AIDS, distribuição de pulseiras no combate à violência contra a mulher, artesanatos, entre outros.


Foram apresentadas algumas atrações culturais do bairro e dos jovens da estação. Vale destacar como ação a conversa com o militante do Movimento Hip Hop Organizado do Ceará - MH2O e a presença da Assistente Social do juizado de enfretamento de violência contra a mulher, Eliângela Silva, que falou sobre a violência cotidiana e as maneiras de enfretamento.

domingo, 15 de junho de 2008

O Processador em SIN CITY

O Processador vindo do interior chegou a Sin City, entrou em uma Lan House e lá conheceu Maria Byte, o processador se apaixonou. Pediu o telefone de Maria Byte e ela deu o seu MSN. Mais tarde o processador com dificuldades pediu ajuda ao Tutorial e ele mandou procurar o Google para acessar o Orkut e o Blog dela. Ao ver seu fotolog o Processador se apaixonou mais ainda pela Maria Byte e pediu ao Pen Drive para levá-la de lembrança.

O Processador tentou deixar um Scrap e o Firewall impediu, ele não entendeu o porquê e pensou que talvez esse fosse o nome do seu namorado. Depois de longas tentativas mal sucedidas ele foi travando suas idéias e sua rede baixou. Então pensou que a melhor solução era colocar tudo na lixeira.

O Tutorial chegou, viu toda a situação e sugeriu que o Processador fizesse um Ctrl Z e procurasse a Internet para aumentar os dados do seu HD. O Processador sugere que quem não entendeu a história faça como ele procure o Tutorial.

Texto produzido pelos educadores Daniel, Saulo, Ana Jáfia, Paulo, Luciano e Magna no planejamento da EJ. Mondubim.

1º Feirão de Economia Solidária do PROJOVEM




O 1º Feirão de Economia Solidária do Projovem ocorreu dia 21 de maio na Praça do Ferreira. O feirão existiu para que nós alunos do Projovem pudéssemos mostrar o trabalho que fizemos no núcleo, o meu núcleo, por exemplo, fabricou bijuterias, criamos até uma marca “jovem bijoux”. O evento na praça teve muitas atrações, diversões, comidas típicas e artesanatos. Algo muito interessante foi o trabalho com jornais eram bandejas, portas-retrato, jarros, tudo feito e muito bem feito com jornal. Tinha bazar, massagens, barracas que mostravam os arcos da qualificação (turismo, telemática, alimentação, metal mecânica e construção e reparos) Alunos das estações mostraram seus empenhos, cantando e tocando instrumentos. Tivemos a participação da ONG Vagalume que animou o evento descontraindo as pessoas, foi só alegria. O movimento Hip Hop falou dos jovens de hoje e da violência. E entrevistando a Carol, coordenadora da Qualificação Profissional e do Evento, perguntei como foi organizar tudo aquilo, ela falou do medo de não dá certo e das pessoas não gostarem e não participarem do evento, mas ela estava vendo que tudo ocorreu bem e que todos assim como eu estavam gostando do evento. Através das aulas e dos eventos como a mini-feira e o feirão tivemos noção do que realmente é economia solidária.
Aluna Cecília Mary - Núcleo Francisco Nunes

terça-feira, 20 de maio de 2008

Leitura


VOLTAS NA QUADRA

Fabrício Carpinejar

Ninguém lê por obrigação. Ninguém vai procurar o que o autor pensa. Toda leitura é feita pela vaidade de se descobrir ou de se aniquilar. Sim, parece estranho, mas muita gente procura nas obras argumentos e pretextos para o seu pessimismo. O que seria da adolescência sem uma frase de Nietzsche para assustar definitivamente os pais? Da mesma forma, há outros leitores que procuram um livro como quem vai ao terapeuta. O terapeuta permanece calado toda consulta, o leitor é que fala. Não difere muito a situação. Não existe livro puro. Sempre que alguém folheia o recinto, já despeja sua vida de imediato. A facilidade também seduz. O livro ideal é aquele que diz tudo no título, a exemplo de "Como atingir o orgasmo em três toques", dispensando maiores compromissos. É mais fácil seguir as instruções de um livro de auto-ajuda com suas dicas maleáveis do que os dez mandamentos (não cobiçar a mulher ou o livro do próximo é praticamente impossível!). Para os esportistas literários, a leitura não é um destino, mas um desejo. Exercita-se os músculos da memória. É como um cooper contra o esquecimento. Três páginas lidas equivalem a uma volta na quadra. Queima-se alguma coisa, não sei se são as calorias. Imaginamos o enredo, os personagens, os versos com nossa cara. Personificamos a trama. Na verdade, o autor não existe, nem precisava existir. Em um poema com o título "Escrito num livro abandonado em viagem", Fernando Pessoa, poeta português dos maiores, se auto-exclui: "Fui, como ervas, e não me arrancaram." Afora toda piedade que emana de tal afirmação, ele tem razão ao comparar o escritor com a discrição das ervas. Planta tão modesta que não serve para ser jogada fora. Fica fazendo fundo na horta, no quintal ou nas beiras e eiras da calçada. Para quem acredita em libertação pela leitura, deve pensar melhor no sentido daquele lugar comum: o livro me prendeu, não conseguia parar. Livro prende, permanecemos seus reféns o resto dos dias. Descobre-se, enfim, que a sabedoria não vem da erudição, do conhecimento acumulado, da decoreba e do catálogo telefônico de citações. Sabedoria acontece quando coincidimos o que lemos com o que vivemos.
(Texto publicado no libreto Leituras Obrigatórias, da Editora Unisinos.)